segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Minicursos atualizados

MINICURSOS: Todos os minicursos ocorrerão das 08Hs às 12:00Hs.
Cada participante pode se inscrever em até 03(três minicursos), ou seja, 1 (um) minicurso por dia.

A carga horária de cada minicurso é de 4(quatro horas) e está dentro da totalização da carga horária total do Simpósio, que corresponde a 40horas.

2º Dia – 02/12/2015- quarta-feira:
. Minicuso da Prof.ª Drª. Maria Alexandre Lousada (Universidade de Lisboa - Portugal). Título: As praças como lugares de sociabilidade: práticas e representações.
Resumo: Os espaços adquirem sentido e são apropriados através de práticas sociais, transformando-se desse modo em lugares. Espaços urbanos por excelência, as praças e as ruas têm sido em cada época símbolos da vida e da cultura citadinas. Na actualidade, as praças – e em particular as praças reais e monumentais – tornaram-se praças-património, tal como os centros históricos das cidades de que fazem parte. O que significa que são lugares transformados em cenários de consumo estético impregnados de memórias do passado. Os usos quotidianos tradicionais da praça dispersaram-se por outros lugares: as actividades de mercado, comerciais, de lazer, religiosas e mesmo políticas retiraram-se da praça para espaços fechados. Todavia, apesar dessa tendência, as praças continuam a ser vistas e pensadas como símbolo da cidade e da sociabilidade urbana e a ser usadas, quer pelas populações (residentes e turistas) quer pelos poderes políticos, como espaço de feira, de espectáculo, de convívio e de manifestação de poder - pois estão carregadas de memória e ainda se mantêm como o cenário ideal para essas actividades. Mas o seu lugar enquanto espaço quotidiano de sociabilidade parece estar a desaparecer. De que modo uma praça se torna um lugar de sociabilidade? Como é que pode perder essa qualidade? Procurarei responder a estas questões aplicando os contributos teóricos sobre espaço vivido, experiência dos lugares e produção do espaço a uma leitura das duas principais praças históricas de Lisboa, o Terreiro do Paço e o Rossio.



2º Dia – 02/12/2015- quarta-feira:
. Minicurso da Profª Drª Jacira Freitas (UNIFESP) Título: Sociedade e indivíduo em Rousseau e Marcuse.
Resumo: As reflexões aqui apresentadas buscam explicitar o modo como se articula a relação entre técnicas e política no pensamento de Rousseau e, por outro lado, tecnologia e política em Marcuse para detectar como se refletem na crise político-cultural das sociedades contemporâneas, nas quais o espaço da intimidade surge em oposição ao espaço político. Para evitar o risco de incorrer numa leitura anacrônica, pela qual noções e conceitos elaborados pelos dois filósofos em contextos históricos tão díspares sejam aproximados ou identificados, serão apresentados e discutidos os elementos que constituem o núcleo do problema, segundo a concepção de cada um dos dois autores consagrados pela tradição.


3º Dia – 03/12 – quinta-feira
. Minicurso do Prof. Dr. Genaro Zalpa (México). Título: Teoría de la cultura en el marco de una teoría general de la acción social.
Resumen: Análisis crítico de algunas teorías sociológicas y propuesta de una teoría general de la acción social que busca la superación de las visiones dualistas, estructuras/prácticas sociales, mediante un mapa conceptual que incorpora el concepto de habitus de Pierre Bourdieu que permite pensar de una manera no mecánica la determinación de las prácticas por las estructuras, y el concepto de estrategias de la teoría de juegos que permite pensar la reproducción y el cambio social como efecto de las acciones de los agentes sociales, pero no necesariamente de su voluntad. En ese mapa se ubica una teoría de la cultura como significación social de la realidad, con los mismos componentes conceptuales: estructura, habitus, prácticas y estrategias de significación.

Tradução: Teoria da cultura no marco de uma teoria geral da ação social.
Resumo: Análise crítica de algumas teorias sociológicas e proposta de uma teoria geral da ação social que busca a superação das visões dualistas, estruturas/práticas sociais, mediante um mapa conceitual que incorpora o conceito de habitus de Pierre Bourdieu que permite pensar de uma maneira não artificial a determinação das práticas pelas estruturas e o conceito de estratégias da teoria crítica dos jogos que permite pensar a reprodução e a mudança social como efeito das ações dos agentes sociais, mas não necessariamente da vontade deles. Nesse mapa se situa uma teoria da cultura como significação social da realidade, com os mesmos componentes conceituais: estrutura, habitus, práticas e estratégias de significação.





3º Dia – 03/12 – quinta-feira
. Minicurso da Profª Drª. Renata Aquino (UFC). Título: Práticas com Google Glass e outros dispositivos de realidade aumentada e virtual para arte, educação e cultura
Resumo: Com a redução de preços e popularização de dispositivos de realidade aumentada e virtual em celulares como smartphones e kits de óculos de papelão como o Google Cardboard, é cada vez mais cotidiano trazer essas tecnologias para a educação. Experimentar práticas como excursões virtuais a museus e documentação e simulação de realidade virtual são novas fronteiras para professores e alunos que podem tornar a educação uma verdadeira aventura. Módulos: 1. Realidade aumentada no celular – noções básicas 2. Óculos de realidade virtual – diferentes modelos e faça-você-mesmo. 3. Avatares humanos – investigações em museus e outros espaços com RA. 4. Documentação de práticas com realidade aumentada e virtual. Proposta de atividade prática final avaliativa: Documentação e análise de práticas de "avatar ao vivo" - gravações em vídeo feitas com o uso de óculos de realidade virtual e / ou sites ou aplicativos de realidade aumentada ou virtual, como nas campanhas publicitárias que utilizam realidade aumentada entre outros espaços.
4º Dia – 04/12- sexta-feira
Minicurso do Prof. Dr. Edmilson Menezes (UFS). Título: Tempo cíclico e tempo linear na constituição de um pensamento sobre a história.
Resumo: Tempo cíclico e tempo linear na constituição de um pensamento sobre a história.
Nas mitologias grega e romana não verificamos a pretensão de entender o mundo a partir de seu sentido fundamental. Ficaram impressionados com a ordem e a beleza evidenciadas pelo cosmos e a lei cósmica de desenvolvimento e decadência foi também a medida da sua interpretação histórica. De acordo com a perspectiva grega da vida e do mundo, tudo se move na base do retorno do nascer e do pôr-do-sol, do verão e do inverno, da geração e da corrupção. Ciclos infindáveis de constituição harmoniosa conjugando o reconhecimento das mudanças temporais com a regularidade periódica, a constância e a imutabilidade. A perspectiva cristã, por sua vez, elabora a ideia de um horizonte temporal guiado por uma meta final: o estudo da unidade do tempo linear que vai da criação do mudo ao fim da história. Essa unidade da história sagrada comunica-se a toda a história humana e lhe impregna de uma marca trágica que a aproxima, embora pela esperança dela se distancie, da concepção grega da existência. Porque é concebido como uma linha direta, o tempo pode fornecer ao cristianismo o mapa da história da revelação e da salvação. O tempo entendido como uma série ascendente, permite que uma realização aí seja possível, que um plano divino possa se realizar progressivamente. O alvo, situado na extremidade superior da linha, imprime ao conjunto da história, que se realiza ao longo dessa linha, um movimento de elevação em sua direção. Conteúdo: 1. A concepção cíclica do tempo: os antecedentes gregos do problema; 2. Tempo e eternidade; 3. Fundamentos teológicos do tempo: o mal, a doutrina da graça e o livre-arbítrio.


4º Dia – 04/12- sexta-feira
. Minicurso 2. Prof. Dr. Rogério Proença de Sousa Leite (UFS). Título: Identidade e Patrimônio Cultural - CANCELADO 

Resumo: O curso objetiva discutir a relação entre Identidade e PAtrimonio Cultural, compreendo que as Identidades não são dadas e não devem ser consideradas como coisas-em-si. Elas são construídas socialmente em campos variados de disputa e poder, de modo que deve ser considerado normal que as identidades patrimoniais não abarquem toda a totalidade de representações disponíveis Identidades patrimoniais são, como como as demais identidades, restritas porque são expressões fenomênicas: existem para representar um grupo de pessoas em contraposição a outras grupos sociais existentes. Por isso a relação indentitária é sempre dialógica; relacional ao outro. Implica sempre a construção de uma alteridade, contrastiva e, por vezes, antagônica.


Nenhum comentário:

Postar um comentário