MINICURSOS: Todos os
minicursos ocorrerão das 08Hs às 12:00Hs.
Cada participante pode se
inscrever em até 03(três minicursos), ou seja, 1 (um) minicurso por dia.
A carga horária de cada
minicurso é de 4(quatro horas) e está dentro da totalização da carga horária
total do Simpósio, que corresponde a 40horas.
2º Dia – 02/12/2015-
quarta-feira:
. Minicuso da Prof.ª Drª.
Maria Alexandre Lousada (Universidade de Lisboa - Portugal). Título: As praças
como lugares de sociabilidade: práticas e representações.
Resumo: Os espaços adquirem
sentido e são apropriados através de práticas sociais, transformando-se desse
modo em lugares. Espaços urbanos por excelência, as praças e as ruas têm sido
em cada época símbolos da vida e da cultura citadinas. Na actualidade, as
praças – e em particular as praças reais e monumentais – tornaram-se
praças-património, tal como os centros históricos das cidades de que fazem
parte. O que significa que são lugares transformados em cenários de consumo
estético impregnados de memórias do passado. Os usos quotidianos tradicionais
da praça dispersaram-se por outros lugares: as actividades de mercado,
comerciais, de lazer, religiosas e mesmo políticas retiraram-se da praça para
espaços fechados. Todavia, apesar dessa tendência, as praças continuam a ser
vistas e pensadas como símbolo da cidade e da sociabilidade urbana e a ser usadas,
quer pelas populações (residentes e turistas) quer pelos poderes políticos,
como espaço de feira, de espectáculo, de convívio e de manifestação de poder -
pois estão carregadas de memória e ainda se mantêm como o cenário ideal para
essas actividades. Mas o seu lugar enquanto espaço quotidiano de sociabilidade
parece estar a desaparecer. De que modo uma praça se torna um lugar de
sociabilidade? Como é que pode perder essa qualidade? Procurarei responder a
estas questões aplicando os contributos teóricos sobre espaço vivido,
experiência dos lugares e produção do espaço a uma leitura das duas principais
praças históricas de Lisboa, o Terreiro do Paço e o Rossio.
2º Dia – 02/12/2015-
quarta-feira:
. Minicurso da Profª Drª
Jacira Freitas (UNIFESP) Título: Sociedade e indivíduo em Rousseau e Marcuse.
Resumo: As reflexões
aqui apresentadas buscam explicitar o modo como se articula a relação entre
técnicas e política no pensamento de Rousseau e, por outro lado, tecnologia e
política em Marcuse para detectar como se refletem na crise político-cultural
das sociedades contemporâneas, nas quais o espaço da intimidade surge em
oposição ao espaço político. Para evitar o risco de incorrer numa leitura
anacrônica, pela qual noções e conceitos elaborados pelos dois filósofos em
contextos históricos tão díspares sejam aproximados ou identificados, serão
apresentados e discutidos os elementos que constituem o núcleo do problema,
segundo a concepção de cada um dos dois autores consagrados pela tradição.
3º Dia – 03/12 –
quinta-feira
. Minicurso do Prof. Dr. Genaro Zalpa (México).
Título: Teoría de la cultura
en el marco de una teoría general de la acción social.
Resumen: Análisis crítico de
algunas teorías sociológicas y propuesta de una teoría general de la acción
social que busca la superación de las visiones dualistas, estructuras/prácticas
sociales, mediante un mapa conceptual que incorpora el concepto de habitus de
Pierre Bourdieu que permite pensar de una manera no mecánica la determinación
de las prácticas por las estructuras, y el concepto de estrategias de la teoría
de juegos que permite pensar la reproducción y el cambio social como efecto de
las acciones de los agentes sociales, pero no necesariamente de su voluntad. En
ese mapa se ubica una teoría de la cultura como significación social de la
realidad, con los mismos componentes conceptuales: estructura, habitus,
prácticas y estrategias de significación.
Tradução: Teoria da cultura no marco de uma teoria geral da ação
social.
Resumo: Análise crítica de
algumas teorias sociológicas e proposta de uma teoria geral da ação social que
busca a superação das visões dualistas, estruturas/práticas sociais, mediante
um mapa conceitual que incorpora o conceito de habitus de Pierre Bourdieu que permite
pensar de uma maneira não artificial a determinação das práticas pelas
estruturas e o conceito de estratégias da teoria crítica dos jogos que permite
pensar a reprodução e a mudança social como efeito das ações dos agentes
sociais, mas não necessariamente da vontade deles. Nesse mapa se situa uma
teoria da cultura como significação social da realidade, com os mesmos
componentes conceituais: estrutura, habitus, práticas e estratégias de
significação.
3º Dia – 03/12 – quinta-feira
. Minicurso da Profª Drª. Renata Aquino (UFC).
Título: Práticas com Google Glass e outros dispositivos de realidade aumentada
e virtual para arte, educação e cultura
Resumo: Com a redução de preços e popularização de dispositivos de
realidade aumentada e virtual em celulares como smartphones e kits de óculos de
papelão como o Google Cardboard, é cada vez mais cotidiano trazer essas
tecnologias para a educação. Experimentar práticas como excursões virtuais a
museus e documentação e simulação de realidade virtual são novas fronteiras
para professores e alunos que podem tornar a educação uma verdadeira aventura.
Módulos: 1. Realidade aumentada no celular – noções básicas 2. Óculos de
realidade virtual – diferentes modelos e faça-você-mesmo. 3. Avatares humanos –
investigações em museus e outros espaços com RA. 4. Documentação de práticas
com realidade aumentada e virtual. Proposta de atividade prática final
avaliativa: Documentação e análise de práticas de "avatar ao vivo" -
gravações em vídeo feitas com o uso de óculos de realidade virtual e / ou sites
ou aplicativos de realidade aumentada ou virtual, como nas campanhas
publicitárias que utilizam realidade aumentada entre outros espaços.
4º Dia – 04/12- sexta-feira
Minicurso do Prof. Dr. Edmilson Menezes (UFS).
Título: Tempo cíclico e tempo linear na constituição de um pensamento sobre a
história.
Resumo: Tempo cíclico e tempo linear na constituição de um pensamento
sobre a história.
Nas mitologias grega e romana não verificamos a
pretensão de entender o mundo a partir de seu sentido fundamental. Ficaram
impressionados com a ordem e a beleza evidenciadas pelo cosmos e a lei cósmica
de desenvolvimento e decadência foi também a medida da sua interpretação
histórica. De acordo com a perspectiva grega da vida e do mundo, tudo se move
na base do retorno do nascer e do pôr-do-sol, do verão e do inverno, da geração
e da corrupção. Ciclos infindáveis de constituição harmoniosa conjugando o
reconhecimento das mudanças temporais com a regularidade periódica, a
constância e a imutabilidade. A perspectiva cristã, por sua vez, elabora a
ideia de um horizonte temporal guiado por uma meta final: o estudo da unidade
do tempo linear que vai da criação do mudo ao fim da história. Essa unidade da
história sagrada comunica-se a toda a história humana e lhe impregna de uma
marca trágica que a aproxima, embora pela esperança dela se distancie, da
concepção grega da existência. Porque é concebido como uma linha direta, o
tempo pode fornecer ao cristianismo o mapa da história da revelação e da
salvação. O tempo entendido como uma série ascendente, permite que uma realização
aí seja possível, que um plano divino possa se realizar progressivamente. O
alvo, situado na extremidade superior da linha, imprime ao conjunto da
história, que se realiza ao longo dessa linha, um movimento de elevação em sua
direção. Conteúdo: 1. A concepção cíclica do tempo: os antecedentes gregos do
problema; 2. Tempo e eternidade; 3. Fundamentos teológicos do tempo: o mal, a
doutrina da graça e o livre-arbítrio.
4º Dia – 04/12- sexta-feira
. Minicurso 2. Prof. Dr. Rogério Proença de
Sousa Leite (UFS). Título: Identidade e Patrimônio Cultural
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